ATA DA VIGÉSIMA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 02-9-2003.

 


Aos dois dias do mês de setembro de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e quinze minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear a Semana da Pátria, nos termos do Requerimento nº 056/03 (processo nº 1179/03), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a MESA: o Vereador João Antonio Dib, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor Wilson Martins, representante do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o General-de-Brigada Médico Antônio Santos de Araújo, Assessor de Saúde, representando o Comando Militar do Sul; o Senhor Nabor Garcia, Cônsul-Geral da Espanha; o Senhor Álvaro Castellón, Cônsul-Geral do Chile; o Senhor Fernando Quintana, Cônsul Honorário do Equador; o Capitão-de-Fragata Heitor Bayma Bruce, Delegado da Capitania dos Portos de Porto Alegre, representando o V Comando Naval; o Coronel-Aviador Henrique Domingues, representando o V Comando Aéreo Regional – COMAR; o Senhor Pedro Lucena, Presidente da Liga de Defesa Nacional; o jornalista Mário Emílio de Menezes, representante da Associação Riograndense de Imprensa - ARI; o Senhor Delmar Joel Rodrigues Eich, Superintendente do Instituto Nacional do Seguro Social no Rio Grande do Sul; o Vereador Ervino Besson, 2º Secretário deste Legislativo. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda do Comando Militar do Sul, regida pelo Mestre Subtenente Ivani Martins da Silva e, em continuidade, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Pedro Américo Leal, em nome das Bancadas do PP e do PT, discorreu sobre personalidades que lutaram pela liberação política e econômica do Brasil durante o período colonial, analisando a participação dos órgãos de imprensa nessa luta. Ainda, destacou a influência de Dona Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, na consecução do processo de independência do Brasil. O Vereador Elói Guimarães, em nome da Bancada do PTB, afirmando ser este um momento de reflexão sobre o verdadeiro significado da Pátria, leu definição elaborada por Rui Barbosa, segundo a qual uma nação é formada não por um grupo ou ideologia, mas pelo conjunto de todos os cidadãos, com direitos e deveres, resultando na comunhão de conceitos como lei, língua e liberdade. O Vereador Isaac Ainhorn, em nome da Bancada do PDT, apontou dificuldades observadas no processo de formação de uma cultura de independência e soberania e, relatando momentos da Inconfidência Mineira, lembrou as dificuldades enfrentadas pelo Brasil para proclamar sua independência, salientando que nomes hoje cultuados como heróis foram perseguidos  por defender idéias  próprias. O Vereador Luiz Braz,  em nome das Bancadas do PSDB e do PPS, refletindo sobre o trabalho realizado pelos homens do século dezenove na luta pela independência do Brasil, afirmou que o compromisso dos brasileiros, hoje, é o de manter a pátria livre e que essa liberdade é dever de todos, independentemente de  ideologias políticas, a fim de que se construa uma pátria justa e forte. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Monsenhor Tarcísio Scherer, representante do Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, declarou que o sonho da pátria livre e soberana é permanente, deflagrado na época de Dom Pedro I mas continuado por todos aqueles que defenderam idéias embasadas na busca de uma sociedade melhor e assumiram a responsabilidade de construir uma nação independente, justa e politicamente soberana. O Vereador Raul Carrion, em nome da Bancada do PC do B, salientando a caminhada do Brasil em direção à conquista de sua verdadeira independência econômica e política, lembrou os desafios enfrentados pelo povo brasileiro desde o século dezenove até o momento atual, na busca de sua construção como Pátria, e convocou a todos para a defesa da nação, seu território, cultura e riquezas. Após, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Geraldo Stédile, Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre. O Vereador Haroldo de Souza, em nome da Bancada do PMDB, analisou a participação da classe política na construção da história de um país, declarando que os partidos políticos devem ser elos de união nesse processo. Ainda, comentou dificuldades enfrentadas pelo povo brasileiro e afirmou que, com união e trabalho, será possível construir o país que todos almejam. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem o Hino da Independência, executado pela Banda do Comando Militar do Sul, regida pelo Mestre Subtenente Ivani Martins da Silva e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezesseis horas e vinte e três minutos, convidando a todos para a Sessão Solene a ser realizada a seguir, em homenagem aos duzentos e trinta anos da Câmara Municipal de Porto Alegre. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador João Antonio Dib e secretariados pelo Vereador Ervino Besson, 2° Secretário. Do que eu, Ervino Besson, 2° Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene destinada a homenagear a Semana da Pátria, proposta pela Mesa Diretora. Compõem a Mesa o Exmo. Sr. General-de-Brigada Médico Antônio Santos de Araújo, Assessor de Saúde do Comando Militar do Sul, representante desse Comando; o Sr. Nabor Garcia, Cônsul-Geral da Espanha; o Sr. Álvaro Castellón, Cônsul-Geral do Chile; o Capitão de Fragata Heitor Bayma Bruce, Delegado da Capitania dos Portos de Porto Alegre, representante do 5.º Comando Naval; o Coronel-Aviador Henrique Domingues, representante do 5.º COMAR; o Sr. Pedro Lucena, Presidente da Liga de Defesa Nacional; o jornalista Mário Emílio de Menezes, representante da Associação Riograndense de Imprensa; o Sr. Wilson Martins, representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Sr. Delmar Joel Rodrigues Eich, Superintendente do INSS no Rio Grande do Sul; o Sr. Fernando Quintana, Cônsul Honorário do Equador.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional, que será executado pela Banda do Comando Militar do Sul, regida pelo Mestre Subtenente Ivani Martins da Silva.

 

(Apresentação da Banda do Comando Militar do Sul, que executa o Hino Nacional.)

 

Estamos reunidos para lembrar, com carinho, com amor, da nossa Pátria. Estamos reunidos para falar de patriotismo, e eu desejo ler palavras de Monteiro Lobato, escritas há algumas décadas, talvez, sete décadas.

Diz ele: (Lê.) “Patriotismo! Como anda esta palavra desviada do verdadeiro sentido! Patriota só o é quem cumpre o seu dever, e trabalha, e produz riqueza material ou mental, e funciona como a silenciosa madrépora na construção econômica e ética do seu país. A esta hora milhões de verdadeiros patriotas lá estão no eito, porejantes de suor, na faina da limpa e do plantio. Febrentos de maleita, exaustos pelo amarelão, espezinhados pelo ácaro político, lá estão cavando a terra como podem, desajudados de tudo, sem instrução, sem saúde, sem gozo da mais elementar justiça, estão ‘fazendo’ patriotismo, embora desconheçam a palavra pátria.”

Nós não desconhecemos a palavra pátria e por ela devemos trabalhar, nos dedicar, para que esta Pátria seja engrandecida; e a Pátria só pode ser engrandecida pelos seus filhos.

A seguir, coloco a palavra à disposição do Ver. Pedro Américo Leal, que falará pelo Partido Progressista e pelo Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Exmo. Sr. Presidente da Casa, João Antonio Dib, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Dezenas de vezes, nesses 30 anos de caserna e nesses 28 anos de Plenário, faço um discurso para saudar Caxias, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, a Semana da Pátria. E examinando este tema em quartéis, em Casas Legislativas, venho por aí. Trinta anos de caserna, 26 anos de Plenário. É tempo. Hoje vou encarar o tema de outra forma, de outro ângulo, perguntando: quem planejou o acontecimento? Quem realizou o acontecimento? D. Pedro, sabemos. Mas quem planejou tudo? Vamos encontrar na idealização do movimento as personalidades inconfundíveis dos irmãos Andradas: José Bonifácio, Antônio Carlos e Martins Francisco. Mineiros e maçons; intelectuais, haviam estudado na Europa, oriundos naquele tempo da “supraformação” da Europa. Buscavam a liberação política e econômica do Brasil, que iniciava os primeiros passos, mal andando sozinho, pretendendo ser uma nação. Econômica, nunca logramos! Falo em nome do PT e do PP. Econômica, nunca logramos! Política, até certo ponto. Vivíamos a segunda década de 1800. As idéias e os ideais políticos empolgavam o senso de brasilidade. Duas correntes predominavam a política da época. Era o pensamento português, dos sociais portugueses, e o brasileiro, dos filhos da terra, que foi esbarrar - para encurtar os acontecimentos, não posso me prolongar, senão o Ver. João Antonio Dib me pontua - na demissão do Ministério, com o afastamento de José Bonifácio, vencendo a corrente portuguesa. Os portugueses exultaram. Por detrás da luta estavam dois jornais da época - a mídia já naquela época dominava, de certo modo -, “O Tamoio” e “O Sentinela”, do Rio de Janeiro, ambos bastante combativos.

Um artigo nas páginas, assinado por um brasileiro resoluto. Na verdade, era um desafio...! Para a época, era um desafio. Incendiou e explodiu em uma surra dada pelos oficiais portugueses, no boticário, o autor - boticário era a profissão dele.  Na Praça XV de Novembro do Rio de Janeiro, quem a conhece... Sempre tive curiosidade de ver aquele Largo do Boticário, se não uma homenagem a esse homem que escreveu o artigo e que assinava Davi Pamplona. Estava acesa a labareda da rivalidade! Duas correntes contestatórias, uma luso e a outra brasileira. Os irmãos Andradas precisavam dessa centelha! Decorre daí, veio a dissolução da Assembléia Constituinte e a deportação dos Andradas - ordem do Imperador! O Imperador era, impetuoso! Sabe-se que Dom Pedro I sempre foi, homem de cavalariças. Quem realizou? Vamos ver o homem que realizou tudo. Vimos quem arquitetou, os Andradas. Agora, quem realizou? Sob essas influências pairava a personalidade de Pedro I. Quem era ele? Moço, afoito, malcriado, misto de Casanova com Dom Quixote, adorava o poder, a liberdade; personalista, vivia dos instintos mais do que da razão. Era uma labareda, essa labareda era preciosa para os Andradas.

A mensagem foi escrita por Dona Leopoldina e levada por Paulo Brecaro – aquele cidadão que mudou de cavalo sete vezes e entregando a mensagem nas margens do Rio Ipiranga. Na mensagem dizia que daí em diante estaria Dom Pedro sujeito ao rei de Portugal, às cortes portuguesas. Batalhões já embarcavam em Portugal - três batalhões embarcavam -, na Bahia. Era a submissão total. Ah, Pedro I não era homem para tolerar isso! Conta a história que Pedro I consultou o Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, que o acompanhava montado numa mula. E deu-se, então, a proclamação. Eu não me detive nela, procurei me referir aos prólogos da proclamação. Foi planejada pela maçonaria. Agora, vejam que interessante! Foi planejada pela maçonaria, o conselho de um sacerdote e teve a influência de Dona Leopoldina, a mulher. Os homens foram apenas instrumentos de tudo isso. Iniciava-se, nos negócios de Estado, a mulher; a mulher! E daí para cá, meus senhores, elas continuam a interferir e dirigem as nossas vidas, quer queiramos, quer não, meu caro João Antonio Dib. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Além dos Vereadores que vão-se pronunciar, eu quero registrar a presença dos Vereadores Ervino Besson, Cassiá Carpes, Margarete Moraes e Cláudio Sebenelo.

O Ver. Elói Guimarães, Vice-Presidente desta Casa, está com a palavra e falará em nome do PTB.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Esta é uma solenidade extremamente importante, na medida em que ela se faz para reverenciar um dos valores maiores da nacionalidade, que é a Pátria.

E a Semana, quando todos os eventos vão-se processando, permite que todos passem a refletir sobre esse valor transcendental que é a Pátria.

E me vem agora - e fiz-me recortar e trazer - uma das mais abrangentes conceituações de Pátria, que foi produzida por um grande patriota, uma das maiores cabeças do pensamento, até diríamos mundial, que foi Rui Barbosa quando faz a conceituação de Pátria:

“Pátria não é ninguém: são todos/ E cada qual tem no seio dela/ O mesmo direito à idéia, à palavra, à associação./ A Pátria não é um sistema,/ Nem uma seita, nem um monopólio, / Nem uma forma de governo; / É o céu, o solo, o povo, a tradição, / A consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, / A comunhão da lei, da língua e da liberdade./ Os que a servem são os que / Não invejam, os que não infamam, / Os que não conspiram, os que não desalentam, /

Os que não emudecem, / Os que não se acovardam, mas resistem, / Mas se esforçam, mas pacificam, / Mas discutem, mas praticam a justiça, / A admiração, o entusiasmo.”

Parece que aqui, senhores e senhoras, sintetiza-se, de forma abrangente, exatamente a conceituação de Pátria, esse valor que muitos infelizmente ainda não compreenderam, porque muitas vezes se vêem, no curso do tempo e dos acontecimentos, atitudes insanas, incompreensíveis, como, por exemplo, apenas para profligar, queimarem bandeiras. Olhem a dimensão    permitam-me o termo – da estupidez quando vemos, em determinados momentos, acontecimentos dessa gravidade. Quando assim se procede, toda a Nação, nessa conceituação de Rui Barbosa, está agredida.

Este é o momento em que o nosso País celebra a Semana da Pátria, a sua independência, os seus valores. Este é um momento de reflexão para fazermos, tão cedo tanto quanto possível, com que esse valor de pátria expresso na configuração conceitual de Rui Barbosa se torne definitiva.

A Pátria, portanto, é essa grandeza imensa, onde a ninguém se exclui e a todos se reúnem, se celebram e se compreendem para a grandeza, enfim, maior do nosso País.

Portanto, recebam as autoridades aqui presentes, todos, a nossa homenagem, a homenagem do Partido Trabalhista Brasileiro, representado por este Vereador, pelo Ver. Cassiá Carpes e pelo Ver. Elias Vidal. E quero dizer que é um grande momento este, uma grande Sessão, importante pela reflexão que ela nos propõe na defesa desse valor - diríamos até assim: sacrossanto da nacionalidade, que é a nossa Pátria. Viva a nossa pátria amada, que é o Brasil! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra pelo seu Partido, o PDT.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu confesso que esta Casa, historicamente, tem estado sempre presente e marca esse sentimento de nacionalidade através de algumas comemorações permanentes no quadro dos seus eventos; e é testemunha disso e, muitas vezes, o autor das iniciativas, esse Parlamentar insigne, ilustre que é o Coronel Pedro Américo Leal, preocupado com o resgate - hoje, resgate definitivo - de uma figura que, embora tenha sido pacificador, já, em muitos momentos, foi questionado, Duque de Caxias. E, hoje, é visto como grande artífice da unidade nacional, porque não se forja a independência de uma pátria, sobretudo quando ela tem dimensões continentais, se não há líderes, homens públicos, estadistas capazes de forjar sentimento de nacionalidade, unidade da língua, em um País formado pelas mais diversas correntes étnicas e proporcionar a sua unidade nacional. Não é apenas a unidade geográfica, é a harmonia e o sentimento de brasilidade que provêm exatamente desse construir incessante, desde o nosso Chuí até o extremo Norte do nosso País. Vejam o quanto é difícil forjar essa independência, cujas estruturas básicas já foram forjadas no século XVIII, e alguns desses heróis, hoje heróis da Pátria, heróis da nacionalidade, na sua época foram vítimas da incompreensão, da prepotência, da violência e alguns pagaram com a sua própria vida, como os inconfidentes de Tiradentes e os sublevados de Felipe dos Santos, na Bahia. Forjavam esse sentimento que hoje nós estamos aqui comemorando. E o quanto é difícil, o quanto foi difícil num País jovem, como o nosso, cuja descoberta tem pouco mais de 500 anos, e cuja  independência, faltam ainda alguns anos para comemorarmos o seu bicentenário. Mas, proclamada a Independência do País, em 1822, 13 anos depois, nós, aqui, deste extremo meridional do País, responsável pela definição das fronteiras meridionais, forjado na luta, na guerra, e é por essa razão que o nosso espírito, a forja do nosso cadinho, foi, sem dúvida nenhuma, as Forças Militares, que asseguraram a sua presença, a sua permanência nos conflitos do Prata, conflitos presentes de forma intensa no século XIX; que, felizmente, o século XX se encarregou de  arredar aqueles.

E forjamos, com todos os percalços, aquilo que começou a se construir no século XIX, com a Independência brasileira, cujo autor, que me antecedeu, foi feliz na sua referência sobretudo aos Andradas, cujo papel foi fundamental naquele processo que se iniciou com a vinda da Família Real para  o Brasil, em 1808.

De 1808 a 1822 foi todo aquele intenso processo, sediado na corte do Rio de Janeiro, na busca da Independência, sonhada por aqueles que pagaram no século anterior à independência, com a própria vida.

Encerrando, porque o tempo me obriga, faço apenas uma reflexão do processo de independência, que temos, permanentemente, trabalhado, desde 1822 até os dias em que vivemos. Temos a responsabilidade, por vários conceitos, e, apesar da globalização, do mundo ter-se transformado numa extraordinária aldeia, nenhum dos povos abdicou das suas pátrias, das suas nações e até das próprias etnias, que, muitas vezes, complicam a independência de países artificiais, como conhecemos no mundo inteiro. Não é o caso do nosso País. E nos orgulhamos dessa forja, dessa tradição e disso que conseguimos em menos de 200 anos, de forjar essa extraordinária unidade nacional que nos permite dizer que nenhum Estado que compõe a Federação, em qualquer momento, aspirou à separação desta grande Nação que é o nosso País.

Parabéns ao 7 de Setembro, à Pátria, a esse forjar e a essa continuidade permanente e contínua de consolidar, dentro da democracia e da liberdade, os nossos propósitos e o nosso engrandecimento como Nação soberana. (Palmas.) Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib):  O Ver. Luiz Braz está com a palavra e falará em nome das Bancadas do PSDB e PPS.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O PMDB, por intermédio do Ver. Haroldo de Souza, pediu que falasse em seu nome, o que é uma honra para todos nós.

Senhores, eu tenho certeza absoluta, conhecendo o povo brasileiro como conhecemos, de que os homens daquela época viviam, mais ou menos, nas mesmas condições psicológicas que hoje nos animam.

Quando nós olhamos o nosso País, vemos realmente uma maravilha que nos circunda: rios, florestas, vales, montanhas - que nos trazem uma idéia de liberdade -, eu acredito que essa mesma idéia de liberdade, que hoje nos assoma, também tomava conta dos homens daquele tempo e era impossível ver uma terra tão linda, ver uma Pátria tão linda, subjugada a outros povos.

Por isso mesmo, acredito que não foi assim tão difícil nascer, dentro dos homens daquela época, o sentimento de liberdade, de podermos criar uma Pátria só para nós.

Nós devemos realmente honrar a memória de todos aqueles que viveram no passado, que nos deram uma Pátria tão bonita, da qual nos ufanamos de fazer parte.

Mas os compromissos são agora nossos, os compromissos de podermos manter esta Pátria livre e de mantê-la livre para todos. O Exército faz a sua parte junto com a Marinha, junto com a Aviação, eles cuidam dos nossos limites territoriais e vão muito além de tudo isso, cuidam das defesas da Nação, ajudam a construir estradas, pontes, eles fazem a sua parte, e nós devemos nos orgulhar das nossas Forças Armadas, porque, afinal de contas, fazem muito bem a sua missão.

Nós que formamos outros setores da sociedade, que estamos no mundo político, nós temos que ter a consciência de que também resta para nós um grande compromisso.

Eu e todos os senhores ouvimos notícias, vimos fotografias e olhamos as imagens, há bem pouco tempo, de dois grupos, marchando um contra o outro, para defender os seus próprios interesses, esquecendo-se, parece, dos compromissos que todos nós temos com os interesses do bem maior, que são os interesses da Pátria. Muitas vezes, eu vejo os grupos políticos - e eu faço parte de um grupamento político -, querendo, simplesmente esmagar o outro grupo, para poder chegar ao poder, simplesmente pelo poder, esquecendo que o bem maior, na verdade, é aquele que nós defendemos, que deve ser o bem para todos, a liberdade que deve ser defendida para todos. Por isso, os Partidos políticos, é claro que, guardando as suas divergências, deveriam dar as mãos, uns aos outros, para nós podermos construir uma Pátria mais forte, mas não é isso que nós vemos nos dias atuais, nós vemos as pessoas se digladiando e, quase sempre, procurando atingir os seus próprios interesses. Eu acredito que é o momento de nós todos, principalmente quando chegamos na Semana da Pátria, fazermos uma reflexão dos erros que nós cometemos ao dividir a nossa sociedade, de modo que o nosso grupo deve ser o vitorioso e herdeiro de tudo aquilo que nos legaram de bom lá do passado, e os outros devem ser os outros. Assim agem os grupamentos hoje. Eu vejo os grupamentos políticos, eu vejo vários grupamentos sociais agindo, exatamente, nessa direção, espezinhando, massacrando, matando, fazendo tudo para que realmente haja uma vitória, que é uma vitória de Pirro.

Acredito que, pela união, nós vamos construir uma Pátria muito forte. Dando as mãos uns para os outros, nós vamos conseguir fazer com que outras Semanas da Pátria possam ser comemoradas em momentos muito melhores do que o que nós vivemos agora. Eu tenho a certeza absoluta de que falta realmente é essa união, é nós termos a consciência de que esta Pátria que nós herdamos é lugar para todos os que vivem nesta sociedade, que não devemos excluir ninguém, que não devemos criar uma república de excluídos. Nós devemos criar uma república em que todos realmente possam estar irmanados em busca do mesmo ideal, que é a felicidade dos homens e mulheres que vivem aqui neste País de Deus. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib):  Registramos a presença do Ver. Haroldo de Souza e temos a satisfação de registrar a presença do Monsenhor Tarcísio Scherer, que representa, neste ato, S. Exa. Revma.,  o Arcebispo Dom Dadeus Grings.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra e falará em nome do seu Partido, o PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL:  Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Nesta tarde, dentro da Semana da Câmara Municipal, em que, em Sessão Solene homenageamos a Pátria, dentro da integração nacional que ocorre neste período já tradicionalmente denominado como Semana da Pátria, sinto-me extremamente honrado de, em nome do meu Partido, o Partido da Frente Liberal, usar desta Tribuna, secundando os pronunciamentos que aqui já ocorreram, quando pontificou, obviamente, a manifestação do Ver. Pedro Américo Leal, grande inspirador desta confraternização cívica.

Por intermédio das falas do Ver. Elói Guimarães, do Ver. Luiz Braz e do Ver. Isaac Ainhorn, nós temos uma responsabilidade redobrada, na medida em que, o exemplar pronunciamento do  inspirador  da nossa reunião cívica, assim está a nos exigir.

Eu poderia me valer do socorro e do brilho dos pronunciamentos anteriores para dizer que o PFL se somava a essas manifestações, mas me sinto compelido a, da Tribuna, diante dessa lusíada representação de todas as camadas sociais e diplomáticas inseridas na nossa Cidade, trazer o nosso pensamento e a nossa posição, até porque, meu caro Ver. Pedro Américo Leal, a independência é uma construção continuada, não se exauriu no brado de Dom Pedro, prossegue no tempo e ainda é uma responsabilidade de todos nós, brasileiros.  Como bem acentuava o Ver. Elói Guimarães ao citar Rui Barbosa. O sonho da Pátria livre, economicamente livre, politicamente soberana, culturalmente desenvolvida e socialmente justa, é um sonho permanente, e para ela todos nós, brasileiros, liberais ou socialistas, cristãos ou não-cristãos, temos a obrigação de contribuir. De fato, do brado de D. Pedro até nossos tempos, muita coisa aconteceu; ele iniciou e deflagrou um processo, mas logo ali adiante, seu filho, D. Pedro II, haveria de continuar e aprofundar esse mesmo processo. Antes, os regentes, os patriarcas, já haviam dado a sua contribuição e, mais tarde, com o término do Império, com a Proclamação da República, com a ação dos militares somados aos republicanos, outros passos ocorreriam, até que, em 1930, a sociedade civil, empolgada, a partir do nosso Estado, do Estado do Rio Grande do Sul, promovia a grande Revolução de 1930, que desembocaria no Estado Novo, que ensejaria a redemocratização liberal de 1946, que passaria pelo período de reorganização nacional, instaurado com a Revolução de 1964, que prosseguiria na Nova República,  que chegaria ao “real” do Fernando Henrique e às reformas do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva; todos, indistintamente, deram o seu quinhão de contribuição para essa renovação afirmativa do propósito da Independência.

Parece que sou predestinado a perceber, de uma forma mais sutil, essa circunstância, certamente porque D. Pedro, quando proclamou a Independência deste País, não contava que haveria teimosos da estremadura meridional da Pátria, que, predestinados a não serem brasileiros, fizeram a oposição histórica de assim fazê-lo, toda essa metade Sul, que corresponde às terras conflitadas das lutas históricas que marcaram a expansão e a formação definitiva do território brasileiro.

Eu, que nasci lá longe, lá no Quaraí, sei muito bem o que representa para nós a integração que promovemos com nossos irmãos uruguaios e argentinos, com os quais nos intercambiamos a todas as horas, ora com nossos familiares, desposando as uruguaias, ora com os uruguaios desposando as nossas familiares, mas também sei – e assim sabia também o Presidente Emílio Garrastazu Médici - que nós estabelecemos, com muita lisura, a linha que delimita a integração da nossa independência e da nossa soberania. É este guasca, nascido lá nos confins do Rio Grande, que hoje se arvora a falar para os senhores, dizendo-lhes que, nesta Casa, a Casa do Povo de Porto Alegre, o Parlamento da Cidade, o Legislativo Municipal, todas as correntes políticas estão caminhando, por um caminho ou por outro, na busca desse mesmo objetivo. Nós todos temos um compromisso: de construir, dia a dia, com responsabilidade, com determinação, com uma luta de pertinácia indobrável. Nós temos a responsabilidade de fazer, permanentemente, este País independente, socialmente justo, politicamente soberano, economicamente livre e culturalmente desenvolvido. Esse é o compromisso, que não é de nenhuma corrente política, que é do Parlamento da cidade de Porto Alegre. É a forma de homenagear aqueles que até hoje construíram para que essa independência pudesse ser saudada no dia de hoje. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra. Fala pelo seu Partido, o PCdoB.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Na Sessão Solene de hoje, comemoramos os 181 anos da Proclamação da Independência do Brasil, passo decisivo para a formação da Nação Brasileira, em que pese às limitações históricas desse magno acontecimento e da longa caminhada que o nosso povo teve de percorrer para consolidar a sua independência política. Além da grande luta que ainda temos pela frente para conquistar a verdadeira independência econômica da Pátria, podemos dizer, sem sombra de dúvida, que, nesses quase dois séculos, o Brasil se construiu como nação, com sua unidade lingüística, com a integração de seu território continental, com sua cultura mestiça e tropical, que encanta por sua originalidade, com sua economia pujante, que já foi a oitava do mundo, mas que caiu para a décima quarta depois do vendaval neoliberal. É por esta Nação-Pátria que nos cabe zelar e preservar, e os perigos que a rondam não são poucos nem pequenos. Em tempos de globalização, de domínio de uma única superpotência, é necessário que façamos desta memorável comemoração um momento de reflexão e de convocação. Convocação para defendermos a nossa Amazônia, ameaçada, com suas imensas riquezas minerais e hídricas, com sua biodiversidade sem igual; convocação para defender a nossa Base de Alcântara, ainda agora com tão grave acidente, com tantas suspeitas, inclusive, de sabotagem internacional; convocação para defender o nosso litoral, de quase 8 mil quilômetros, e sua riquíssima plataforma continental; convocação para resistir à falácia da ALCA, verdadeira recolonização do Continente, que nos tentam impor como panacéia universal e como caminho de entrada para a modernidade; convocação, para que busquemos a libertação da crescente dependência ao capital financeiro internacional, que ainda hoje, mesmo sob um governo determinado a garantir a soberania nacional, tanto poder ainda tem sobre a nossa Pátria. Mas o Brasil é um grande País, o nosso povo tem grandes qualidades, e já demonstrou a sua capacidade de luta e o seu patriotismo, e não faltará aos desafios que este terceiro milênio nos coloca.

Como diz o poeta:Velhos sinais de perigo,/ou – melhor dito – de luto,/até parece que escuto/ trovoadas de um tempo antigo,/quando o taura – ao desabrigo,/com sangue à meia costela,/calçava o pé na cancela,/neste garrão de querência,/pra manter a permanência/da Pátria Verde Amarela!/ Talvez que alguns te reneguem,/Chão dos meus antepassados,/Mas que importam renegados,/Eles e aqueles que o seguem?/ Que se avacalhem - se entreguem,/ Haverá sempre um turuna,/ Haverá um garrão de tuna,/ Com fibra e com coração,/ Para dizer que este chão/ Não é uma terra reiúna”.

Parabéns a todos nós! Que este 7 de Setembro, de 2003 seja um marco da luta do nosso povo por um Brasil cada vez mais soberano, mais democrático e mais justo. Um abraço do PCdoB! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Registro, com satisfação, a presença do Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários, Dr. Geraldo Stédile.

O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra e fala pelo seu Partido, o PMDB.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Amigos de farda aqui presentes, que representam com a farda a independência do Brasil, na minha maneira de ver, na maneira de esta cabeça ver as coisas, lá atrás: Brasil – independência – Pátria. Quantos oradores passaram por aqui! Ouvi lá do meu gabinete, pois cheguei um pouco atrasado – agradeço ao Ver. Luiz Braz pela citação -, a emoção que nos pega em falar da Pátria, em falar daquela que amamos tanto e que temos, realmente, enraizada, incrustada no fundo da nossa alma e do nosso coração.

Tivemos aqui colocações políticas. Eu acho que os Partidos estão ausentes na vida social brasileira; acho que os Partidos precisam agir na vida social brasileira e não na vida partidária do Brasil. A Pátria não pode ser dividida em pedaços e partidos! A Pátria não pode ser isso! A Pátria somos todos nós, independente das alianças que são feitas, desde que essas alianças sejam feitas no sentido positivo  das coisas. Aí, toda a aliança é bem-vinda: PMDB, PT, PP, PTB, PSDB, PSB, todos indistintamente unidos em nome da Pátria.

Este é um momento de reflexão e não de falar de partidos políticos, no meu entendimento. Mas não aquela reflexão de falarmos, falarmos, falarmos. Quando falamos de nossa Pátria, devemos estar de coração aberto e com o sentimento do “abrangimento” geral no coração de cada um, com as coisas que fazem a história da nossa Pátria.

Convenhamos, somos um povo que vive de coração na mão - É ou não é? - pelas ameaças ditas pelo Ver. Raul Carrion; pelos assuntos focalizados pelo Ver. Pedro Américo Leal, pelo Ver. Elói Guimarães e por todos que por aqui passaram. Nós temos muitas dificuldades; um povo que convive com uma desigualdade brutal: ela está aí, está escancarada, mas quanto tempo? Uma Pátria que coleciona títulos negativos de como um dos países de maior número de pessoas desempregadas. E, lá no fundo, será que todos nós, aqui, já sentimos a sensação de estar desempregado? De ter a dificuldade de levar o mínimo para casa, para o filho, para a esposa, ou para mais alguém que dependa da gente.

Não precisamos refletir apenas sobre o Governo que ora está dirigindo a Pátria, mas dos anteriores também e, principalmente, os do futuro, porque, aí, as dúvidas nos atingem e nós vamos levando a vida como se ainda é isso só que precisa ser feito e assim deve ser feito e ponto. Quando esta Pátria espera a reação de um filho e decepciona-se com ele, ela sofre, ela fica machucada, ela se sente humilhada perante as outras pátrias; nós fizemos muito pouco pelo bem-estar da nossa querida e amada Pátria do Brasil.

O PMDB – eu falo em nome do Ver. Sebastião Melo também – está nesta Casa, nesta solenidade presidida pelo querido Ver. João Antonio Dib - grande Dib! -, para dizer da nossa grande esperança, da nossa fé, do nosso desejo de estar dentro do peito e conseguirmos, todos nós, independente de Partido, em breve, atingir o estágio de desenvolvimento como outros povos que vivem em outras pátrias por aí, girando neste Planeta rumo ao infinito.

Se é para refletir, reflitamos, então, mas, lá no fundo da alma, o que é que cada um de nós ainda pode fazer pela Pátria? A Semana da Pátria, o Dia da Pátria, o momento da Pátria devem ser todos os dias e em todos os momentos! E se não conseguimos o que sonhamos em 500 anos, quem sabe, consigamos com 502, 503 anos, mas não mais do que isso, porque o povo, da forma como se encontra, está cansado! Mais 500 não, né? Por favor, nem 100, nem 50, menos!

Quantas autoridades aqui, neste momento, dividindo esta solenidade, também não se encontram com o “coração na mão”, preocupadas, de verdade, com o estado das coisas da Pátria? Mas se sentem impotentes também.

Eu, graças a Deus, ao Senhor Deus, viajo pelo mundo, eu conheço o mundo. Eu andei pelo mundo, eu tenho um orgulho muito forte de dizer lá fora que sou brasileiro! E o digo com a convicção de que existem povos bondosos, solidários, trabalhadores que amam a vida, mas, mais do que povo do Brasil, não! Não existe povo, neste planeta, melhor que o nosso, em bondade e disposição para o trabalho! Estamos em busca da paz sempre, mas, convenhamos, tudo tem limites, tudo cansa quando as dificuldades se acumulam!

Nós, autoridades, precisamos estar sempre cientes disso, para que possamos, em breve, comemorar dias da “Pátria amada, idolatrada, salve, salve” bem mais felizes, bem mais tranqüilos do que estamos agora! Com todos os Partidos unidos! Não importa - eu repito – aliança política deve ser feita, mas que seja feita em nome da Pátria para coisas saudáveis, coisas sociais, e não para uma corrida desesperada, até desumana, às vezes, exclusiva pelo poder - e, normalmente, depois, sem saber o que fazer com ele!

Todos nós somos responsáveis por isso que aí está, no momento, posto para a sociedade, para a nossa Pátria! E faz tempo! Mas nós temos fé!

Salve o Brasil! Salve o povo do Brasil! Salve a Pátria do nosso querido e insubstituível Brasil! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Encaminhamo-nos para o encerramento desta solenidade em que falamos da Independência da nossa Pátria.

Eu gostaria de dizer, ainda, que a independência se conquista todos os dias, e se conquista trabalhando, trabalhando, trabalhando pela e para a Pátria. Se todos nós fizermos isso, todos os brasileiros serão livres, independentes e, sobretudo, felizes. Eu agradeço a presença das autoridades civis, militares, eclesiásticas, diplomáticas, às entidades que aqui se fizeram representar, e passamos para o final desta Sessão magnífica, ouvindo – e não poderia ser de outra forma – o Hino da Independência. Saúde e paz!

Neste momento convidamos todos os presentes a ouvirmos o Hino da Independência.

 

(Executa-se o Hino da Independência.) (Palmas.)

 

Agradecemos a presença de todos e damos por encerrada a presente Sessão Solene.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h23min.)

 

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